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13/09 - Dia Mundial da Sepse

O Dia Mundial da Sepse, comemorado em 13 de setembro de cada ano, é uma oportunidade para as pessoas em todo o mundo se unirem na luta contra essa doença, responsável por pelo menos 11 milhões de mortes em todo o mundo anualmente.

A data é uma oportunidade para aumentar a consciência pública para este desastre de saúde pouco conhecido, mas também para mostrar apoio e solidariedade para com os milhões de pessoas que perderam seus entes queridos ou, como os sobreviventes da sepse, sofrem suas consequências de longo prazo e, ainda, lembrar ao público, à mídia, às autoridades de saúde nacionais e internacionais, aos profissionais de saúde, aos formuladores de políticas e aos governos, que há uma necessidade urgente de aumentar e melhorar a educação em nível local, regional, nacional e internacional.

Em 2020, o Dia Mundial da Sepse ocorre no momento em que a humanidade enfrenta uma das maiores pandemias dos últimos tempos. As infecções graves com COVID-19 são, na verdade, sepse viral – que muitas vezes não é reconhecida, segundo o presidente da Global Sepsis Alliance (GSA) e, ainda, pacientes com COVID-19 gravemente enfermos e aqueles afetados por sepse de outros patógenos – como bactérias, outros vírus , fungos ou parasitas – são indistinguíveis do ponto de vista clínico.

A GSA apela às instituições governamentais, regionais e globais, como a Organização Mundial da Saúde, para aumentar o foco e alocar mais recursos para a luta contra a sepse. Esses esforços fortalecerão a resposta contra a COVID-19 e são essenciais para alcançar melhores taxas de sobrevida para esses pacientes.

A sepse é um conjunto de manifestações graves em todo o organismo produzidas por uma infecção. A sepse era conhecida antigamente como septicemia ou infecção no sangue. Hoje é mais conhecida como infecção generalizada. Na verdade, não é a infecção que está em todos os locais do organismo. Por vezes, a infecção pode estar localizada em apenas um órgão, como por exemplo, o pulmão, mas provoca em todo o organismo uma resposta com inflamação numa tentativa de combater o agente da infecção. Essa inflamação pode vir a comprometer o funcionamento de vários orgãos do paciente. Esse quadro é conhecido como disfunção ou falência de múltiplos órgãos.

Quem tem mais risco de adquirir sepse?

Prematuros; crianças abaixo de um ano; idosos acima de 65 anos; pacientes com câncer, AIDS ou que fizeram uso de quimioterapia ou outros medicamentos que afetam as defesas do organismo; pacientes com doenças crônicas como insuficiência cardíaca, insuficiência renal, diabetes; usuários de álcool e drogas e pacientes hospitalizados que utilizam antibióticos, cateteres ou sondas. Mas, atenção: qualquer pessoa pode ter sepse.

Como a sepse pode ser diagnosticada?

Embora não existam sintomas específicos, todas as pessoas que estão passando por uma infecção e apresentem febre, aceleração dos batimentos do coração (taquicardia), respiração mais rápida (taquipneia), fraqueza intensa e tonteiras e pelo menos um dos sinais de gravidade, como pressão baixa, diminuição da quantidade de urina, falta de ar, sonolência excessiva ou confusão (principalmente os idosos) devem procurar imediatamente um serviço de emergência ou o seu médico.

Tratamento

As primeiras horas de tratamento são as mais importantes. Os pacientes devem receber antibioticoterapia adequada o mais rápido possível. Culturas de sangue, bem como outras culturas de locais sob suspeita de infecção, devem ser colhidos em uma tentativa de detectar o agente causador da doença. A sepse é uma emergência médica e seu tratamento deve ser priorizado.

A sepse hoje é a principal responsável por óbitos dentro de nossos hospitais. Estima-se cerca de 670 mil no Brasil por ano. Ao contrário do que se pensa, sepse não é um problema só para pacientes já internados em hospitais. Grande parte dos casos são pacientes atendidos nos serviços de urgência e emergência. O objetivo central da campanha é aumentar a percepção da sepse tanto entre profissionais de saúde como entre o público leigo.



Fonte: BVSMS